segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009



Nunca ninguém sabe se estou louco para
rir ou para chorar
Por isso o meu verso tem
Esse quase imperceptível tremor...
A vida é louca, o mundo é triste:
Vale apena matar-se por isso?
Nem por ninguém!
Só se deve morrer de puro amor...

(Mário Quintana)

Mas se um dia o sol preferir não despertar, E o azul do céu converter-se em cinzas, Se o tapete verde brilhante encher-se de ervas daninha. E cada palavra deixar de ter a cor do teu sorriso... Se os girassóis baixarem a cabeça e deixarem de olhar pro sol... Se os pássaros cansarem de cantar a nossa canção. Se as gérberas decidirem vestir-se como viúvas. E as “fumaças das fábricas” sujarem os ares dos nossos suspiros... Se as árvores deixarem de frutificar. Se o meu telefone deixar de tocar no meio da noite... Ainda que o trabalho árduo nos tome a mente e o ânimo, Ainda que o relógio simule uma disputa contra nós. Se os meus olhos por minutos perderem o brilho. E se - como quase sempre - desistir parecer o mais apropriado... Por cima das nuvens sabemos que ainda brilha um sol, Que brilhará para sempre. E veremos que por detrás da tempestade esconde-se um lindo dia... E ali nos dias tristes, Nos dias de grande aflição, Seremos salvos pelo amor que nos une hoje. E que para todo o sempre será só teu.

(Dani Cabrera)